terça-feira, 26 de outubro de 2010

Acidente Hindenburg



No auge da era dos balões nascia o LZ 129, um dirigível construído em 1931, pela Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha; posteriormente batizado com o nome que o colocou na história “Hindenburg”. O dirigível era considerado o maior e o mais luxuoso de todos os Zeppelins até então edificados.
Sua conclusão ocorrera em Março de 1936. Logo, o governo de Adolf Hitler o colocou em funcionamento voando sobre as cidades da Alemanha. A idéia era divulgar tamanha tecnologia empregada neste projeto, demonstrando assim a superioridade de seu país. Nas viagens chegaram até a espalhar panfletos de propaganda e difundir musica patriótica, por via de alto-falantes.



Mas na noite do dia 6 de Maio de 1937, o Hindenburg se preparava para um pouso na base de Lakehurst, em Nova Jersey (EUA), com 97 ocupantes a bordo (38 passageiros e 59 tripulantes), quando durante as manobras um incêndio tomara conta da aeronave em pleno ar. No solo havia um aglomerado de jornalistas, câmeras, multidões que aguardavam a sua chegada, e uma equipe responsável por trazer o dirigível ao chão. Todos foram testemunhas de uma grande tragédia, ao avistarem a queda do Hindenburg em chamas, levando 36 pessoas a óbito.
O repórter Herb Morrison fez a seguinte declaração naquele instante: “É uma das piores catástrofes do mundo. É um acidente terrível, senhoras e senhores...E os passageiros todos!”



A principio apontaram como a causa do acidente o explosivo hidrogênio, que sustentava o Hindenburg, sendo a fonte do incêndio. Na mesma época, o governo alemão alegara uma possível sabotagem, porém, nada comprovado.
A comissão que investigou minuciosamente o caso, junto da companhia Zeppelin, atribuiu a tragédia a uma falha humana. Uma brusca manobra, feita momentos antes do pouso, causara um rompimento de um dos tanques de hidrogênio e uma faísca dera a ignição.



No entanto, muitos anos se passaram (mais de 60 anos) e numa recente investigação conduzida pelo Dr.Addison Bain (ex-cientista da NASA), que trabalha há tempos com hidrogênio, encontrou-se outra causa para a ignição que deu origem ao incêndio. Ele analisou pedaços do material usado na cobertura do dirigível e o que se descobriu foi que o material empregado era extremamente inflamável (nitrocelulose recoberta por uma película de alumínio), e assim, o fogo iniciou-se por uma faísca provocada pela eletricidade estática acumulada na aeronave.
Tamanha tragédia dera fim a era dos confortáveis dirigíveis, abrindo espaço para os barulhentos aviões.

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